Para Schopenhauer, somente o sofrimento é positivo, pois se faz sentir com facilidade, enquanto que aquilo ao qual chamamos felicidade é negativo, pois é a mera interrupção momentânea da dor ou tédio, sendo estes últimos a condição inerente à existência.
Deste modo, para Schopenhauer, o sofrimento não é causado exteriormente, mas se dá apenas de uma perspectiva interna, vale dizer, já o trazemos em nós mesmos na medida necessária, uma medida que nunca está totalmente cheia nem totalmente vazia, e que em cada indivíduo ela medida é diferente.
Preparando o caminho para desenvolver um dos aspectos mais importantes de seu pensamento ético – a auto abnegação da Vontade – Schopenhauer desenvolve a tese segundo a qual toda a vida é sofrimento. A vida é sofrimento porque a Vontade não cessa de se afirmar. ... Tem-se, pois, a afirmação ou a negação da Vontade de vida.
Para o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, a vida é uma alternância entre a dor, proveniente da necessidade e do desejo de obter algo (ou alguém), e do tédio, decorrente da satisfação que resulta da necessidade suprida: “A vida humana transcorre, portanto, toda inteira entre o querer e o conquistar.
Para Schopenhauer, a “vontade” é a expressão fenomenológica do ser humano; ao mesmo tempo força motriz de sua existência e razão de um sofrimento que vem a ser intrínseco à vida. ... Consequentemente, o sofrimento que dele provém também o será.
“A felicidade e o fim do sofrimento acontece quando se percebe que Deus está nos detalhes e que você não é tão necessário como pensava ser”, disse. “Assim se tudo dá certo na sua vida foi porque Deus permitiu a graça a você. Então é preciso agradecer sempre”, diz o filósofo em uma palestra.
Schopenhauer define a felicidade como a “satisfação sucessiva de todo o nosso querer”, e afirma que a tendência a ela (i) “coincide completamente com a nossa existência” – cuja essência é a Vontade de viver – mas (ii) é revelada pelo conhecimento como o nosso maior erro e ilusão.
De acordo com a filosofia de Schopenhauer, a vontade se manifesta no ser humano a partir: de seu querer consciente do mundo. de seu desejo de reprodução e seu instinto de sobrevivência. ... da sua autopreservação e a morte de todos os membros de sua espécie, pois a vontade se manifesta enquanto luta de todos contra todos.
Para ele, a realidade também consiste em fenômenos e na coisa-em-si. ... Assim é a realidade da coisa-em-si. Ela também não pode ser causa do fenômeno, pois uma conexão de causalidade só funciona no mundo fenomênico. Desse modo, o fenômeno é, na verdade, uma manifestação da coisa-em-si.
Sua teoria filosófica abordou diversos temas relacionados com a existência humana, o sofrimento e do tédio. Dessa forma, segundo o filósofo, a vida oscilaria do sofrimento ao tédio e a felicidade seria algo momentâneo. Seus estudos estiveram apoiados em diversos assuntos, como a metafísica, a ética, a moral.
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