Sartre (1997) usa o termo angústia para descrever o reconhecimento da total liberdade de escolha que confronta o indivíduo e o desafia a cada momento de sua existência. ... Segundo ele, ter, fazer e ser são categorias fundamentais da realidade humana, sendo a liberdade, o valor essencial desta condição.
O sentimento diante a não realização de uma série de possibilidades vitais, diante o próprio tédio e da dúvida perante a própria vida é caracterizado como a angústia existencial.
Resposta: Aperto no peito, sensação de vazio, sufocamento, inquietação.
A angústia é tomada como uma condição fundamental da existência humana, da qual cada indivíduo por mais que deseje fugir, não encontra fuga da mesma, pois ela propicia ao homem a liberdade através das possibilidades que a mesma visualiza antes da concreção do que antes era mera possibilidade.
A angústia, por ser um modo do existencial da disposição que singulariza o homem, é considerada por Heidegger como disposição fundamental porque além do caráter de singularização da existência do homem, ela abre para ele a possibilidade de sair da decadência e de se apropriar de seu ser.
Isto caracteriza a existência como angustiante. Sartre comenta: “Com efeito, angústia é reconhecimento de uma possibilidade como minha possibilidade, constitui-se quando a consciência se vê cortada de sua essência pelo nada ou separada do futuro por sua própria liberdade” (SARTRE, 2002, p. 80).
Sintomas de angústia
Na concepção existencialista, a angústia não é um sentimento negativo, mas uma experiência valiosa que ocorre quando tomamos consciência de nossa liberdade de escolhas ou de nosso vazio existencial. ... Quando não fazemos escolhas em nossa vida, seguimos o caminho escolhido por outra(s) pessoa(s).
A angústia pode ser entendida como um série de sensações que acontecem ao mesmo tempo: sensações físicas, como falta de ar, tontura, pressão no peito, aceleração nos batimentos cardíacos e também psicológicas, como pensamentos negativos, culpa, choro, medo, tristeza e ansiedade.
Como quando a pessoa está ansiosa devido à um evento negativo e precisa descobrir como lidar com aquilo, ou seja, ela está ansiosa mas tem um motivo real para isso, trata-se uma ansiedade positiva. Já a angústia sempre está acompanhada do sofrimento, é uma implosão que sempre tem um aspecto negativo.
ANGÚSTIA E EXISTENCIALISMO. O termo “Angústia” tem sua origem do latim “Angustus” que significa “estreito, apertar, afogar”. Comumente, a angústia é entendida como um estado de aflição, de sofrimento. Experimentada por todos os homens, em todas as culturas, confunde-se com o desespero.
DIANTE DA ANGÚSTIA Não há como fugir da angústia. Isto significa que não há projeto de existência em curso que não se dê sem que o ser em gestação se depare com ela. A grande questão é que a angústia estiola o sujeito e na tentativa de dar conta desta, o ser em formação só tem duas saídas: fugir ou ignorar ela.
Os autores Søren Kierkegaard, Karl Jaspers e Gabriel Marcel propuseram uma versão mais teológica do existencialismo. O ex-marxista Nikolai Berdiaev desenvolveu uma filosofia do cristianismo existencialista na sua terra natal, Rússia, e mais tarde na França, na véspera da Segunda Guerra Mundial.
Há duas linhas existencialistas famosas, quer de impulsionadores, quer de existencialistas propriamente ditos. A primeira, de Kierkegaard, Arthur Schopenhauer, Nietzsche e Martin Heidegger é agrupada intelectualmente. Esses homens são os pais do existencialismo e dedicaram-se a estudar a condição humana.
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