O primeiro folheto de cordel impressos, ou mais antigo, que se tem notícia é de autoria de Leandro Gomes de Barros - 1865-1918). A xilogravura foi usada por muito tempo para ilustrações de periódicos como jornais. Um exemplo disso é o Jornal Mossoroense (RN).
Em geral, a xilogravura utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre o papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo. No Alfa as crianças utilizaram papel, tinta guache e isopor para compor suas obras pessoais e, a partir delas, contar histórias.
O nome cordel está ligado à forma de comercialização desses folhetos em Portugal, onde eram pendurados em cordões, chamados de cordéis. ... Em 1909, o cordelista Leandro Gomes de Barros publicou seus poemas na seção "Lyra Popular" no jornal O Rebate de Juazeiro do Norte, Ceará.
Literatura de cordel é uma manifestação literária do interior do nordeste brasileiro. É um gênero literário feito em versos com métrica e rima e caracterizado pela oralidade e por uma linguagem informal. ... Os folhetos de cordel são expostos em cordas ou barbantes, presos por grampos.
A xilogravura do cordel se caracteriza pela ausência de profundidade, pela falta de meio-tom e pela falta de perspectiva (Franklin, 2007). A capa do cordel atualmente sempre traz gravuras com temas condizentes com o conteúdo do cordel.
Xilogravura significa gravura em madeira. É uma antiga técnica, de origem chinesa, em que o artesão utiliza um pedaço de madeira para entalhar um desenho, deixando em relevo a parte que pretende fazer a reprodução. ... A xilogravura era frequentemente utilizada para ilustração de textos de literatura de cordel.
Já utilizada pelos portugueses, é trazida para o Brasil e desenvolvida na Literatura de Cordel. A xilogravura, conforme a etimologia da palavra, significa “gravura em madeira”. Trata-se da técnica em que se utiliza um pedaço de madeira para entalhar um desenho de maneira a deixar em relevo os traços da obra.
Principais cordelistas brasileiros
A literatura de cordel é considerada um gênero literário geralmente feito em versos. Ela se afasta dos cânones na medida em que incorpora uma linguagem e temas populares. Além disso, essa manifestação recorre a outros meios de divulgação, e nalguns casos, os próprios autores são os divulgadores de seus poemas.
Os principais temas retratados pelos repentistas e presente nos folhetos de cordel são: Todos esses temas são retratados seguindo uma métrica e rimas. A linguagem coloquial, o humor, a ironia e o sarcasmo também são bem marcantes nesse gênero.
As capas dos folhetos são tingidas em tons de verde, amarelo, rosa e azul e trazem uma xilogravura ““ resultado da impressão feita com uma espécie de carimbo talhado numa matriz de madeira. A técnica já era conhecida na antigüidade e foi utilizada na Europa no século XV para ilustrar cartas de baralhos e imagens sacras.
Conforme já comentei anteriormente, as ilustrações dos cordéis são bem características desse gênero e são feita usando a técnica da xilogravura. E a xilogravura é uma forma bem antiga de se fazer impressão. Desde a Idade Média se utiliza essa técnica como se fosse um carimbo para fazer livros.
Outro papel importante exercido pela literatura de cordel diz respeito à sua função como auxiliar de alfabetização. Sabe-se que incontáveis nordestinos carentes de alfabetização aprenderam a ler por meio de folhetos.
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