Uma explicação vê o tabu do incesto como uma implementação cultural de uma preferência que evoluiu biologicamente por parceiros com os quais o indivíduo tenha poucas probabilidades de compartilhar genes, já que a consanguinidade pode ter resultados prejudiciais.
Uma das explicações mais comuns quanto à universalidade da proibição do incesto segue uma crença muito difundida entre nós, a de que o incesto foi proibido a fim de proteger a espécie humana das conseqüências genéticas nefastas do casamento entre parentes próximos.
De acordo com o antropólogo, o incesto não é aceito na maioria das culturas. “Os casos não são legitimados e, quando ocorrem, os indivíduos são penalizados. Agora, existem relatos de homens que não têm possibilidade de buscar uma companheira para estabelecer uma relação conjugal que seja fora da própria família.
Incesto é a relação sexual entre indivíduos relacionados em certos graus proibidos de parentesco. Em todas as sociedades existem regras que proíbem as uniões incestuosas, tanto no que diz respeito a relações sexuais quanto a casamento reconhecido. As duas proibições não coincidem necessariamente.
Sigmund Freud estabeleceu que o incesto é um impulso básico do ser humano. Em outras palavras, nascemos com a inclinação para os relacionamentos incestuosos. ... Nos relacionamentos humanos entram para balancear os fatores simbólicos e não apenas os instintivos.
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O tabu, segundo Freud, nasce de uma ambivalência afectiva existente tanto nos povos primitivos como nos neuróticos obsessivos dos dias de hoje. É a dualidade e não a unidade monolítica que está na essência do ser humano e dos sentimentos.
Tempos antes, na época de Moisés, no Livro de Levítico 18:6-18 e 20:11-12, foram proibidas as relações incestuosas.
Do ponto de vista legal, na Lei do Brasil, não há impedimento a casamento entre parentes até primos em primeiro grau. Entende-se primo em primeiro grau quando o pai de um dos cônjuges é tio do outro cônjuge. ... Do ponto de vista religioso, as religiões judaico-cristãs não proíbem casamentos entre primos.
“Se não tiver histórico, o risco de um casal do mesmo sangue ter filhos com doenças é de 5% a 6%. ... Isso acontece porque é maior a chance de membros da mesma família possuírem o gene recessivo — aquele que só manifesta sua característica se for herdado, ao mesmo tempo, do pai e da mãe — para uma determinada doença.
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