O amor objetal anaclítico é característico do masculino, exibindo acentuada valorização sexual que se origina do narcisismo primário, correspondendo a uma transferência desse narcisismo para o objeto sexual.
Processo, descrito inicialmente por Freud, através do qual uma pessoa elege a uma outra pessoa como alguém psicologicamente significativo. É um processo consciente, mas intensamente influenciado por conteúdos mentais inconscientes.
Greenberg e Mitchell (1994, p. 7 e 8) ainda afirmam que o termo “teoria das relações objetais”, em seu sentido amplo, refere-se a tentativas de responder a situação onde as pessoas interagem e reagem com objetos externos e internos, e em que medida suas rela- ções influenciam o funcionamento psíquico.
O objeto a faz referência à falta, não sendo especular, nem apreensível na imagem. A falta, segundo Lacan, não existe no real e só seria apreensível através do simbólico. E é também através do simbólico e do imaginário que há a tentativa de preenchê- la.
Na psicanálise, um objeto é uma representação mental de um objeto externo. Assim, não se fala em investimento de energia psíquica ou catexia em relação a objetos externos, mas sim em relação a suas representações na mente do indivíduo.
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Para Freud, a psicanálise consiste em uma busca que está além da pulsão, a busca do sujeito pela causa do desejo, por uma causa. Lacan nos aponta um caminho pelo qual a psicanálise consiste em separar o objeto a do Outro, cernir o seu campo.
Para Freud, o desejo é um movimento em direção à marca psíquica deixada pela vivência de satisfação primeira que acalmou uma necessidade, como a fome, no bebê. Através dessa inscrição mnêmica poderá então a criança reeditar a satisfação de forma alucinatória, nessa pouco duradoura autonomia que a alucinação fornece.
Na separação, o sujeito irrompe na cadeia significante, e se destaca o objeto a. Essa operação de separação permite que o sujeito encontre um espaço entre os significantes onde irá se constituir seu desejo, no que seu desejo é desconhecido; o sujeito retorna então ao ponto inicial, que é o de sua falta como tal.
O grande Outro é o inconsciente. É uma Outra cena. Não que o inconsciente seja a condição da linguagem, mas que a linguagem seja a condição do inconsciente. ... A falta de um significante no Outro, torna impossível a relação biunívoca.
Lacan nos diz que é pela via do desejo, através do objeto que causa o desejo, que o sujeito chegará ao andar superior do grafo. O que falta ao sujeito é o objeto do seu desejo e este só poderá ser encontrado explorando o desejo do Outro.
Os pioneiros, nas décadas de 1940 e 1950 da teoria da relação de objetos foram os psicólogos britânicos Ronald Fairbairn, Donald Woods Winnicott, Harry Guntrip, e outros.
A teoria kleiniana fundamenta-se a partir da infância mais primitiva, das fantasias inconscientes, que se fazem presentes logo após o nascimento do bebê e do seu primeiro contato com o mundo externo, bem como na teoria do caráter inato no qual desenvolve-se a personalidade através das pulsões de vida e de morte, em ...
A clínica winnicottiana está baseada numa teoria dos distúrbios psíquicos que tem como fundamento a teoria do processo de amadurecimento pessoal do indivíduo. Essa teoria, segundo o próprio autor, é a “espinha dorsal”(backbone) do seu trabalho teórico e clínico.
A escolha narcísica envolve a própria imagem. O sujeito ama a si próprio e busca a si mesmo no objeto amoroso. ... Segundo Freud (1914/1976), essa supervalorização sexual é a origem do estado de uma pessoa apaixonada, ocorrendo um empobrecimento do eu em favor do objeto amoroso.
A identificação narcisista é a forma de identificação após o abandono ou a perda de um objeto. Essa experiência de perda começa na juventude. Um exemplo: vestir as roupas ou joias de um ente querido falecido.
Neste contexto, qual a exceção ao tipo narcisista de amor? O narcisista ama a ele próprio. O narcisista ama o que ele próprio foi.
Assim, o inconsciente seria o outro exterior e íntimo ao qual estamos mais ligados que a nós mesmos, ainda que não queiramos saber nada a respeito disso. ... 49) revela que o tema do outro é "tão íntimo que Freud mesmo não o percebe. Tão íntimo que essa intimidade é extimidade. É um mais-além interno".
Qual é esse outro que fala no sujeito, e de que o sujeito não é nem mestre, nem semelhante, qual é o outro que fala nele? Tudo está aí. (Jacques Lacan, 1957/1998).
O sujeito é barrado, como afirma Lacan e simboliza por S, para dizer desta divisão a partir de seu encontro com a linguagem, que o coloca na condição de efeito e de produção significante. É assim que se dá, portanto o sujeito da psicanálise, da enunciação ou do inconsciente.
O sujeito, para a psicanálise, é aquele que se constitui na relação com o Outro através da linguagem. É em referência a essa ordem simbólica que se pode falar em sujeito e subjetividade a partir de Freud, e, em especial, após a produção teórica de Lacan.
Para o autor, a personalidade é resultante da dinâmica dessas três instâncias psíquicas. Compõem-se, assim, as grandes teses que organizam e constituem o sujeito: a noção de inconsciente; a sexualidade como organizadora da vida psíquica, ou seja, a constituição de um corpo pulsional; e uma estrutura de linguagem.
A castração instaura o sujeito barrado, dividido, da linguagem, do inconsciente, do desejo. O que Lacan chama de "sujeito" é justamente esse enigma trazido pela barra, pela divisão que funda o inconsciente, que descentra o indivíduo e a razão (LACAN, 1973/1981).
Podemos concluir que tanto para Freud como para Lacan, o desejo é o que impulsiona e o que media nossas percepções e relações subjetivas com o outro e com a realidade. Portanto o desejo para a psicanálise é o que dá “tônus” à nossa vida psíquica e a orientação a nossa existência.
Significado de Desejo
substantivo masculino Aspiração; vontade de ter ou obter algo: desejo de perdão. Objetivo ou propósito: um trabalho decente é o seu desejo. Cobiça; excesso de vontade por bens, posses: o desejo de poder. Impulso pelo prazer através de relações sexuais: desejo sexual.
Lacan conceituou a ideia de desejo a partir da tradição filosófica. O termo expressa cobiça ou apetite que tendem a se satisfazer no absoluto, isto é, fora de qualquer realização de um anseio ou de uma propensão (RODINESCO; PLON, 1998, p. ... O desejo é reconhecido pelo desejo do Outro.
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