As mulheres ficaram sob o domínio de homens, e os espaços públicos relativos ao comércio, às empresas, à política e às ciências foram dominados quase que exclusivamente por eles até o século XX. Aí está a gênese da desigualdade de gênero.
No começo da civilização humana (mais conhecida como pré-história), existia igualdade de gênero. Durante o período paleolítico, as pessoas se organizavam em tribos de coletores e caçadores e homens e mulheres tinham a mesma influência sobre as decisões dos grupos.
O diagnóstico de Rousseau foi no sentido de que a origem da desigualdade está na instituição da propriedade. Propriedade ilegítima que substituiu a justa posse. Para ele, a riqueza, que gera a vaidade, corrompe a moralidade e a desigualdade, que gera a inveja e o ódio, corrompe a política.
Na década de 1960, o movimento lutou pela ampliação de direitos legais e sociais, abordando temas como família, direitos reprodutivos, sexualidade e mercado de trabalho. No Brasil, uma das pioneiras pela luta de direitos das mulheres é a educadora Nísia Floresta.
Para algumas instituições internacionais, a luta contra a desigualdade de gênero está diretamente relacionada com os direitos humanos. Essas instituições consideram que é preciso garantir que todos os cidadãos tenham os mesmos direitos civis e políticos, independentemente de raça, condição social ou gênero.
Aí está a gênese da desigualdade de gênero. Durante muito tempo, a mulher foi privada de ter acesso à educação formal, de trabalhar fora de casa e de ter autonomia sobre si e sobre o seu corpo (e isso ainda acontece em algumas sociedades com traços mais evidentes de um reacionarismo, ora religioso, ora moral — quase sempre ambos).
Um exemplo deste desequilíbrio ou desigualdade de gênero é refletido nos altos índices de violência contra as mulheres (abuso sexual, sequestros, estupros, agressões e violência de gênero, assédio sexual, etc.).
Desigualdade de gênero e etnia. Estudos em diferentes contextos mostram que no âmbito da desigualdade de gênero é possível notar ainda um desfavorecimento que acomete as pessoas de gênero feminino e etnia negra. No contexto educacional, o percentual de pessoas do gênero feminino a concluir o ensino fundamental corresponde aos 21,5%.
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