Na Antiguidade grega, a loucura tinha um caráter mitológico que se misturava à normalidade. Num tempo em que a noção de passado era vaga, a escrita inexistia e os deuses decidiam tudo, o “louco” era uma espécie de ponte com o oculto.
Na antigüidade a loucura era considerada como uma manifestação divina. O ataque epiléptico , intitulado a doença sagrada, significava maus presságios quando ocorria durante os comícios.
Grécia Antiga: o “louco” era considerado uma pessoa com poderes diversos. A loucura era tida como uma manifestação dos deuses, reconhecida e valorizada socialmente. Início da Idade Média: a loucura era vista como expressão das forças da natureza.
Perda do juízo, domínio das paixões, desordem do pensamento, devaneio do espírito, múltiplas são as imagens dessa doença que atinge o homem desde tempos imemoriais.
Se na Idade Clássica a loucura foi pensada como surgindo de uma falta moral ou de uma animalidade, a partir da segunda metade do século XVIII ela será pensada como surgindo de um meio “no qual se alteram as relações do homem com o sensível, com o tempo, com o outro”.
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Mendigos, loucos, inválidos. Todos iam para o mesmo saco, expostos ao público para mostrar o que acontecia com quem se afastasse da razão. Afinal, a medicina ainda engatinhava em relação aos males da mente, e, equanto isso, a filosofia virava escrava da razão.
Com o internamento do doente mental no século XIX, a loucura passou a ser distinguida como "desordem na maneira de agir, de querer, de sentir paixões, de tomar decisões, de ser livre" (2001, p. 121).
Para a época, todo “pecador” era também um “louco”. Os loucos, quando pertencentes a uma determinada cidade, eram tomados como propriedades dessa, não sendo expulsos, mas encarcerados em cadeias ou em casas de dementes, caso manifestassem um comportamento violento.
A sociedade passou a vê-la como um processo de “desrazão”. O racionalismo moderno separou a loucura da razão. Neste sentido o século XVI marcou a ruptura com a idéia da loucura associada ao sobrenatural. “A experiência trágica e cósmica viu-se mascarada pelos privilégios exclusivos de uma consciência crítica.
Na maioria das vezes, os portadores de doenças mentais viviam confinados em hospitais psiquiátricos como o de Juqueri, em São Paulo, isolados de tudo e de todos, até a morte. Muitos eram submetidos à camisa de força e a técnicas violentas como a lobotomia e o eletrochoque.
Na antiguidade grega nem sempre o que intitulamos de loucura denotou, apenas, doença. Já nos fins da Idade Média ao século XVI o conceito de loucura começa a divergir com o que se pensava na Grécia Antiga. Inicia-se nesse período a ruptura entre razão e desrazão. A desrazão criaria, de certa forma, a própria razão.
Na Antigüidade pré-clássica, as doenças eram explicadas como resultantes da ação sobrenatural; a partir de 600 a.C. Os filósofos gregos trouxeram a idéia organicista da loucura e até o começo da Idade Média o tratamento dispensado era de apoio e conforto aos doentes mentais.
Hoje, a ciência faz uma distinção clara entre loucura e doenças mentais. “Talvez pareça desconcertante, mas os psiquiatras não se utilizam de termos como louco ou loucura e nenhuma das atuais classificações dos distúrbios psiquiátricos os inclui”, diz Sérgio Bettarello, do Instituto de Psiquiatria da USP.
Nos tempos da Inquisição, a loucura foi entendida como manifestação do sobrenatural, demoníaco e até satânico, e classificada como expressão de bruxaria, cujo tratamento caracterizou-se pela perseguição aos seus portadores, tal como se praticava com os hereges.
Durante todo o decorrer da história, pouca importância fora dada com a questão do “insano”. Durante a Idade Média, tal problema era visto simplesmente como um erro, uma falha da razão. Neste período, o maior enfoque de exclusão seria dado, segundo Foucault, sobre o leproso (FOUCAULT, 1972, p. 3).
Para ele, a manifestação da doença se dividia em quatro fases sucessivas: a aura, estado que precede a crise, quando o doente começa a se agitar sem, no entanto, perder a consciência; a fase epileptóide, manifestada por gritos, palidez e perda de consciência; o período de contorções, também chamado “clownesco”, ...
Loucura: objeto historicamente constituído
Na Idade Média, e depois no Renascimento, a loucura está presente no horizonte social como um fato estético ou cotidiano; depois, no século XVII – a partir da internação – a loucura atravessa um período de silêncio, de exclusão.
I) Havia um grande medo da loucura e de todos aqueles considerados loucos. “Enlouquecer” era o maior mal que poderia acontecer a alguém, pois, uma vez louco, o sujeito seria retirado do convívio social, passando o resto de sua vida confinado em um “hospício”, destinado aos loucos, leprosos, ladrões e às prostitutas.
Os doentes mentais eram tratados como animais, vivendo em condições desumanas, dormindo sobre capim sujo de fezes e urina. Se as medidas farmacológicas não fossem suficientes, a terapia de choque e a lobotomia eram feitas, sem qualquer aprovação das famílias, daqueles que ainda as tinham.
A cruz era a coisa mais humilhante que podia existir para um ser humano na face da Terra. Era símbolo de maldição, da maior humilhação que uma pessoa poderia sofrer. Nela, estavam os maiores pecadores e criminosos, que recebiam como pena de morte a crucificação.
Os doentes mentais padeciam de tratamentos dolorosos, como por exemplo, serem introduzidos em água a ferver para expulsar o mal. Na Idade Média predominam as ideias místicas e ocultistas. A mulher, a bruxa, a possessão pelo demónio são as constantes na explicação das perturbações mentais. ...
Por essa predominância burguesa qualquer pessoa fora dos padrões, ou seja, desempregados, moradores de rua e loucos eram internados em instituições objetivando realizar “limpezas nas ruas”. A loucura era qualquer costume considerado errado pelos mais ricos, como por exemplo a homossexualidade e prostituição.
substantivo feminino Qualidade de louco, desprovido de razão. [Medicina] Distúrbio mental grave que impede alguém de viver em sociedade, definido pela incapacidade mental de agir, de sentir ou de pensar como o suposto; insanidade mental.
Os “desviantes”, trancafiados nesses asilos, recebiam os cuidados das irmãs de caridade, porém esses cuidados eram leigos e repressivos e os números de asilos, só aumentavam, e junto com eles a disseminação de doenças, assim, com a necessidade de diminuir a quantidade de prisioneiros e reduzir as taxas de doentes, com ...
Classicamente, o louco é aquele sujeito que perdeu a razão, que tem pensamentos e ações sem sentido, tem comportamentos distorcidos que fogem à regra: é a “alienação mental” de Philippe Pinel, o pai da psiquiatra moderna (cujo sobrenome virou o mesmo que loucura), que atuou na França entre o final do século XVIII e o ...
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