Durante a ditadura militar, os dirigentes sindicais foram fortemente perseguidos, a organização de greves foi proibida, os direitos obtidos por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foram desmantelados e o governo interviu profundamente nos sindicatos (Queiroz, 2007).
A sociedade brasileira viveu dois grandes ciclos de protestos públicos contra o regime que catalisaram e amplificaram o sentimento da resistência, com grandes manifestações de rua, envolvendo vários setores, mas que quase sempre começavam pela iniciativa do movimento estudantil.
A concentração de riqueza aumentou ainda mais, agravando a "questão social" no país. O resultado final desse governo foi uma enorme diminuição do número de empregos, miséria crescente, arrocho salarial, desindustrialização e desnacionalização da economia (Cano, 2000.
O trabalho silencioso dentro das fábricas mantinha a resistência acesa e foi a partir de seu ressurgimento na cena política e de sua reorganização nacional, através das greves e mobilizações realizadas durante a ditadura, que os trabalhadores contribuíram para o fim do regime militar no país.
Os movimentos sindicais muito contribuíram para a aniquilação do regime ditatorial que se instalara no Brasil, que acabou com muitos direitos, liberdades e com o regime democrático. ... Nota-se, por meio de estudo histórico, que a liberdade sindical é resultado da luta dos trabalhadores por Justiça Social.
Longe de ser apoiada por toda a sociedade, a ditadura foi contestada de diferentes maneiras por amplos setores, que buscavam ideais de liberdade, democracia, justiça social.
As torturas e assassinatos foram a marca mais violenta do período da ditadura. Pensar em direitos humanos era apenas um sonho. Havia até um manual de como os militares deveriam torturar para extrair confissões, com práticas como choques, afogamentos e sufocamentos.
Censura e ataque à imprensa Uma das marcas mais conhecidas da ditadura foi a censura. Ela atingiu a produção artística e controlou com pulso firme a imprensa. Os militares criaram o "Conselho Superior de Censura", que fiscalizava e enviava ao Tribunal da Censura os jornalistas e meios de comunicação que burlassem as regras.
Nesse contexto de repressão ostensiva, desenvolveram-se contra o governo autoritário estratégias de luta armada de orientação comunista – como a guerrilha urbana e rural – que tiveram seu auge entre 1969-1971, além de outras formas de atuação proibidas pelo Ato Institucional Nº 5 (AI-5), como greves e passeatas.
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