A composição química do sabão é basicamente algum sal de ácido carboxílico que possui uma cadeia carbônica longa apolar e uma extremidade polar.
Mas como o sabão funciona? Como ele limpa? Basicamente, o sabão consegue “quebrar” essa “película” da água, permitindo que ela penetre nos materiais e remova a sujeira. É por isso que o sabão muitas vezes é chamado de agente tensoativo ou surfactante, pois ele diminui a tensão superficial da água.
Micela é uma estrutura globular formada por um agregado de moléculas anfipáticas, ou seja, compostos que possuem características polares e apolares simultaneamente, dispersos em um líquido constituindo uma das fases de um coloide.
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O sabão tem o papel na limpeza pois consegue interagir tanto com substâncias polares quanto com as apolares. Assim ocorre a formação de micelas, que são gotículas de gordura aprisionadas por moléculas de sabão. Este processo de formação de micelas recebe o nome de emulsificação.
Como as moléculas do sabão não se separam, elas acabam funcionando como “ganchos” para a sujeira: a parte que gosta de água flui junto com o líquido, enquanto a outra metade fisga as moléculas de gordura e poeira que aparecem pelo caminho.
A parte apolar do sabão interage com a gordura (sujeira) ao mesmo tempo em que a parte polar reage com a água, neste momento são formadas partículas (micelas) de detergente que ficam espalhadas na água, agilizando o processo de limpeza.
Na verdade o sabão foi inventado pelos fenícios 600 anos antes de Cristo. Eles ferviam a banha de cabra com água e cinzas de madeira, obtendo um sabão cremoso. Foi no século VII que os árabes descobriram o processo de saponificação misturando óleos naturais, gordura animal e soda cáustica.
Por ser composto por óleos ou gorduras, o sabão possui a propriedade de remover sujeiras. "O ingrediente principal do sabão é o triglicerídeo, é o sebo animal, é o óleo virgem ou o óleo usado, junto com a soda cáustica. ... Por serem de origem animal ou vegetal, os sabões são facilmente degradados na natureza.
O segredo está nas características de cada extremidade das moléculas de sabão, que têm cabeça e cauda. A cabeça é hidrófila, enquanto a cauda é hidrófoba e lipófila. Em outras palavras, é atraída pela água, de um lado, e por óleo ou gordura, do outro lado.
Os sabões são também chamados de agentes tensoativos ou surfactantes (do inglês surface active agents = surfactants), pois eles diminuem a tensão superficial da água, ajudando a penetrar melhor nos materiais e a realizar a sua limpeza. Ilustração de como o sabão funciona
Estrutura típica de um sabão O sabão funciona da seguinte maneira: a sua parte apolar é hidrofóbica, ou seja, tem aversão à água, mas é lipofílica, isto é, interage com as moléculas da gordura (que também são apolares), "aprisionando-as" dentro de uma micela, como mostra a imagem a seguir.
Química do sabão - Manual da Química A composição química do sabão é basicamente algum sal de ácido carboxílico que possui uma cadeia carbônica longa apolar e uma extremidade polar. Ouvir: Composição química do sabão.
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