O multiculturalismo democrático valoriza a diversidade enquanto uma forma de interação entre culturas diferentes e operacionalização dos direitos humanos através de políticas públicas de reconhecimento da diferença. ... Atentar para a diversidade é respeitar os direitos humanos e um elemento de democracia.
Desde meados do século XX a importância da cultura e da diversidade cultural como dimensão dos direitos humanos vem sendo reconhecida. Este artigo trata-se de uma reflexão sobre a multiculturalidade que deve ser respeitada em cada povo, cada nação.
Originalmente, o multiculturalismo serviu como estratégia para unir grupos étnicos e raciais, porém, hoje, abrange outras formas de diversidade (i.e. classe, gênero e sexualidade), enfatizando como a luta social e a opressão institucional ocorrem na interseção das raças, etnicidades, classes, gêneros, sexualidades, ...
Não existe a possibilidade de proteção internacional dos direitos humanos nessa visão. ... No multiculturalismo universalista, pode-se defender o caráter geral da Declaração Universal de Direitos Humanos (para todos, em qualquer nação, em qualquer tempo). Esta seria a base para o convívio entre os povos.
O multiculturalismo é um princípio que defende a necessidade de se ir além das atitudes de tolerância entre diferentes culturas num mesmo território ou nação. Para que possa haver uma coexistência harmoniosa, devem ser respeitadas as diferenças entre culturas que habitam um mesmo Estado.
Tudo está ligado ao multiculturalismo, pois a coexistência de vários povos numa mesma sociedade traz consigo a coexistência da discriminação, do preconceito e da falta de respeito para com o outro, para com o modo de vida do outro, para a realidade vivida pelo outro.
As diferentes cores de pele, os diversos costumes compartilhados, diferentes de credos religiosos, tudo isso faz parte do conjunto multicultural. Entretanto, essa multiculturalidade não pode ser confundida com o mito da democracia racial, que afirma que há uma perfeita igualdade étnica no país.
O presente trabalho pretende analisar, através de pesquisas bibliográficas, a relação entre Direitos Humanos e Cultura na obra de Hannah Arendt, destacando a concepção de pluralidade da condição humana e a possível antinomia existente entre o ideal de Direitos Humanos universais e a efetivação do direito a diversidade cultural.
Introdução De um modo genérico o multiculturalismo pode ser entendido como a gestão de um fenômeno social assentado na refração das culturas postas em maior contato a partir da segunda metade do século XX. O cerne político da questão está na luta por mais justiça social.
O multiculturalismo democrático defende o diálogo dentro da multiculturalidade das sociedades plurais. Ele visa o desenvolvimento humano e a justiça social. A diversidade (UNESCO, 2002) é compositora de tais sociedades em uma dimensão complexa. Imbuídos dessas certificações é situado o eixo vertebrador do multiculturalismo: a diferença.
De outro, está o multiculturalismo, defendido pelos relativistas, caracterizado pela coexistência de diversas culturas, culturas essas com seus Valores, Direito, Política, Economia e Ordem Social, diversos entre si e que, justamente por isso, entram em choque com a característica universal dos Direitos Humanos.
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