Todo surdo pode escutar algum tipo de som. A maioria ouve sons de forte intensidade e graves (trovão, batida de porta). Assim como a visão, a audição também se efetiva em graus. Alguns surdos conseguem ouvir a voz e escutar a fala ao telefone.
É simples: surdos, assim como todo mundo, sentem a música através da vibração. Ou você nunca ouviu uma pessoa dizendo “Sinta a música”? Ondas sonoras são vibrações que, ao atingirem os tímpanos, se transformam em impulsos elétricos graças aos nervos auditivos.
Os surdos podem sentir os sons das músicas, através de vibrações das ondas sonoras no corpo e no chão, percebem os ritmos e as pausas e captam rapidamente os movimentos da coreografia observando o professor. ... Para acompanhar os movimentos e o ritmo da coreografia, a observação é muito utilizada.
Muitos imaginam que por perdermos a audição não podemos ouvir as músicas e acreditam que para usufruir a música, você tem que ouvir. A verdade é que não precisa ouvir para poder apreciar a música, tem como explorar e curtir de outras formas: a vibração corporal, o ritmo, a batida, o toque, entre outras formas.
OU seja, os surdos conseguem aprender a tocar um instrumento musical imitando a vibração que estão sentido com o tocar das notas. Claro, que há instrumentos mais fáceis para essas pessoas como o surdo, pandeiro, tambor, bateria, chocalho e o triângulo, pois eles emitem mais vibrações ao produzirem o som.
O mais popular é o TDD, sigla em inglês para "equipamento de telecomunicação para surdos". Trata-se de um aparelho que, conectado ao telefone, transforma as frases ditas pelo interlocutor em mensagens escritas. ... Instalado em telefones celulares, ele permite que sejam enviadas mensagens na Linguagem Brasileira de Sinais.
Os surdos podem praticar qualquer tipo de esporte e de atividade rítmica. Nocaso dos esportes, não há necessidade de qualquer adaptação na forma de ensinar,conduzir ou arbitrar. Tampouco há adaptações nas regras de cada modalidade.
A educação dos surdos é um assunto para outro post, já que é uma grande discussão na comunidade surda. O ponto principal aqui é chamar a atenção para como é primordial a gente conhecer mais sobre o universo da surdez. No final das contas a decisão sobre a nomenclatura é individual, mas a gente precisa entender os significados que existem por trás!
E como os surdos dependem da língua de sinais para se comunicar, é essencial que haja acessibilidade em Libras e todos os lugares, desde as escolas até a internet – o que não faz tanta diferença assim para quem é deficiente auditivo. Diferentemente dos surdos, os deficientes auditivos têm uma identidade muito mais relacionada ao mundo ouvinte.
E é aí que entra o aspecto cultural na diferenciação entre surdos e deficientes auditivos. O fator preponderante para a escolha de um ou outro termo é a participação na comunidade surda. As pessoas que fazem parte da comunidade se identificam como surdas, enquanto as que não pertencem a ela são chamadas de deficientes auditivas.
Para os surdos, a surdez não é uma deficiência – é uma outra forma de experimentar o mundo. Mais do que isso, a surdez é uma potencialidade, que abre as portas para uma cultura própria muito rica, que não se identifica pelo que ouve ou não. Na comunidade surda não há “perda auditiva”, mas sim um “ganho surdo”.
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