O candidato procurava os coronéis influentes e poderosos da época para conseguir apoio. Em troca, oferecia algumas obras públicas para a cidade. O coronel, consequentemente, influenciava a população a votar em um determinado candidato. Essa prática ficou conhecida como voto de cabresto.
Como forma de poder político consiste na figura de uma liderança local — o coronel — que define as escolhas dos eleitores em candidatos por ele indicados. ... Funcionava da seguinte forma: em uma cidade com 100 mil habitantes e 10 candidatos, por exemplo, para ser eleito eram necessários 10 mil votos.
De acordo com a Constituição de 1891 que vigorou durante toda a República Velha (1889-1930), o direito ao voto foi determinado a todos os homens com mais de 21 anos que não fossem analfabetos, religiosos e militares.
O voto de cabresto é um mecanismo de acesso aos cargos eletivos por meio da compra de votos com a utilização da máquina pública ou o abuso de poder econômico. É um mecanismo muito recorrente no interior do Brasil como característica do coronelismo.
Resposta: Nessa concepção, o coronelismo é, então, um sistema político nacional, com base em barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel tem o controle dos cargos públicos, desde o delegado de polícia até a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo, sobretudo na forma de voto.
O voto de cabresto é um mecanismo de acesso aos cargos eletivos por meio da compra de votos com a utilização da máquina pública ou o abuso de poder econômico. É um mecanismo muito recorrente no interior do Brasil como característica do coronelismo.
O eleitor trocava seu voto por um favor, como um bem material (sapatos, roupas e chapéus) ou algum tipo de serviço (atendimento médico, remédios, verba para enterro, matrícula em escola, bolsa de estudos). A venda, por sua vez, se dava por pequenos interesses, promessas particulares dos oligarcas aos pobres, camponeses e empregados locais.
As pessoas podem se ver obrigadas a votar em determinado candidato, talvez não mais pela coerção física, mas sim pela força psicológica, o medo. O medo de se verem sem o emprego e, consequentemente, sem renda paralisa as pessoas que preferem votar em quem lhes é imposto do que enfrentar o poder em prol de seus ideais.
Atualmente, o art. 14 da Constituição Federal de 1988 prevê o voto direto e secreto, com valor igual para todos. Porém, nem sempre foi assim! Diferente do atual texto constitucional, a Constituição de 1891 previa o voto aberto (não secreto), em que era possível ver em qual candidato o eleitor iria votar.
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