A origem da expressão vem do tempo em que o voto era aberto no Brasil. ... As regiões controladas politicamente pelos coronéis que manipulavam votos eram conhecidas como currais eleitorais. Nesses locais o coronel oferecia ao eleitor trabalho, dinheiro, moradia, para em troca votar em seu candidato.
O voto de cabresto é um mecanismo de acesso aos cargos eletivos por meio da compra de votos com a utilização da máquina pública ou o abuso de poder econômico. É um mecanismo muito recorrente no interior do Brasil como característica do coronelismo.
Coronelismo é o nome pelo qual ficou conhecida essa prática. Membros de uma oligarquia, os coronéis eram a base das eleições estaduais, federais e, muitas vezes, sozinho, um coronel monopolizava todos os votos de uma eleição municipal.
Nessa época, o voto não era secreto, e existia grande influência dos coronéis - pessoas que detinham o Poder Executivo municipal, e principalmente o poder militar da região. Os coronéis praticavam a fraude eleitoral e obrigavam as pessoas a votarem em determinado candidato.
Funcionava da seguinte forma: em uma cidade com 100 mil habitantes e 10 candidatos, por exemplo, para ser eleito eram necessários 10 mil votos. Se 2 mil pessoas votassem branco ou nulo, só eram necessários 8 mil votos para se eleger.
Os chefes dos estados, passaram a ser os "coronéis dos coronéis", os currais eleitorais se multiplicaram no país, a compra e troca de votos dos eleitores por favores e apadrinhamentos passou a ser prática comum nas grandes cidades agora, além da área rural.
O coronelismo é uma prática sociopolítica brasileira típica do início do século XX, no período chamado de República Velha (1889-1930), quando os chamados “coronéis” exerciam o poder local sobre as camadas inferiores da sociedade a fim de garantir votos em troca de favores das esferas políticas locais, estaduais e ...
Temido e respeitado, a influência e o poder político do coronel aumentavam a medida em que ele conseguisse assegurar o voto dos eleitores para os seus candidatos. Por meio do emprego da violência e também da barganha (troca de favores), os coroneis forçavam os eleitores a votarem nos candidatos que convinha aos seus interesses.
Funcionava da seguinte forma: em uma cidade com 100 mil habitantes e 10 candidatos, por exemplo, para ser eleito eram necessários 10 mil votos. Se 20 mil pessoas votassem branco ou nulo, só eram necessários 8 mil votos para se eleger. Desse modo, menos votos teriam de ser comprados e menos pessoas ameaçadas ( Voto de cabresto ).
Por meio do emprego da violência e também da barganha (troca de favores), os coroneis forçavam os eleitores a votarem nos candidatos que convinha aos seus interesses. O controle do voto da população rural pelos coroneis ficou conhecido popularmente como "voto de cabresto".
O direito de voto estava assegurado pela Constituição, mas o fato da grande maioria dos eleitores habitarem o interior (a população sertaneja e camponesa) e serem muito pouco politizados levou os proprietários agrários a controlar o voto e o processo eleitoral em função de seus interesses.
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