De forma sutil, mas não menos corrosiva, Machado de Assis empreendia sua crítica às atitudes, aos comportamentos, aos costumes e as estruturas sociais. Através da sátira, da ironia e da carnavalização, ele construía o seu enredo e revelava sua concepção do mundo.
Entretanto, Machado de Assis foi um crítico ácido da elite de seu tempo. Os traços de uma sociedade que buscava sua modernização em meio à forte permanência de resquícios coloniais estão presentes em personagens caracterizados pela ambição, desonestidade, tibieza de caráter e egoísmo.
A suposta falta de atenção aos aspectos locais, ou a falta de "carnalidade" dos personagens, já eram apontadas pelos críticos da década de 1870, indicando que Machado de Assis seria, como várias vezes sugere este livro, percebido como um "corpo estranho" na paisagem literária brasileira.
Memórias Póstumas de Brás Cubas e a memória nacional
O escritor critica por meio da ironia e da volubilidade do comportamento do narrador o princípio da modernização conservadora e a continuação dos pressupostos e características coloniais na sociedade novecentista brasileira.
Em franca oposição ao romantismo, que enaltecia a vida burguesa, o realismo seguiu o caminho contrário: lançou um olhar crítico, mordaz e, no caso de Machado de Assis, irônico sobre a classe burguesa, a qual não apreciou essa literatura, que buscava mostrar a vida como ela é, não mais sob o foco idealizador romântico.
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Também de acordo com Cavicchia, as principais obras do Realismo expuseram não só as contradições da sociedade burguesa, mas também de seus ideais particulares. A mulher, antes vista como virginal, bela e inalcançável, passou a ser retratada como falsa, manipuladora e perspicaz.
Entretanto, Machado de Assis foi um crítico ácido da elite de seu tempo. Os traços de uma sociedade que buscava sua modernização em meio à forte permanência de resquícios coloniais estão presentes em personagens caracterizados pela ambição, desonestidade, tibieza de caráter e egoísmo.
A crítica social implica, a partir de suas análises, na busca de resoluções para os problemas sociais em questão. Ela está relacionada às questões morais e suas transformações e normalmente vem acompanhada de um tom de denúncia ou descobrimento.
Brás Cubas nasceu em uma família rica e proprietária, o que lhe possibilitou nunca precisar “comprar o pão com o suor do seu rosto”. Na infância, foi um menino endiabrado. Protegido pela conivência paternal, maltratava os escravos, aprontava com as visitas e desrespeitava os adultos.
Memórias Póstumas de Brás Cubas retrata a escravidão, as classes sociais, o cientificismo e o positivismo da época, chegando a criar, inclusive, uma nova filosofia — mais bem desenvolvida posteriormente em Quincas Borba (1891) — o Humanitismo, sátira à lei do mais forte do "darwinismo social".
As obras apresentam frases curtas e incisivas, repletas de humor e reflexão através de frases irônicas e sugestivas, além de apresentar intertextualidade com obras consagradas e perfeição gramatical.
A fase romântica perdurou entre 1864 e meados de 1878. Sua segunda fase teve início com a publicação do livro Memórias póstumas de Brás Cubas , livro escrito logo após ser internado devido ao seu quadro de epilepsia, que o forçava a tomar remédios fortes, que lhe desgastavam a saúde.
A crítica aos costumes e valores sociais , em Os Maias são trazidos por eça de queirós no livro por meio de preceptores ingleses e também pelas relações extra-conjugais manifestas durante todo o romance, revelando a decadência das instituições cultuadas pela sociedade portuguesa.
Embora tenha se consagrado como autor de textos narrativos, Machado de Assis também se destacou no desenvolvimento de crônicas e outros gêneros literários. Ele foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e participou, também, da vida política carioca.
Do determinismo social à capacidade de superação, brasileiro é analisado. O brasileiro costuma ter uma visão negativa do próprio país, lembra a professora. “Acho que a história de Machado de Assis pode nos dar uma visão melhor disso. Nós também temos algumas qualidades como povo.
A partir de Memórias Póstumas, ele se consagrou como um profundo conhecedor da psique humana, explorando as hipocrisias e vaidades de seus personagens em narrativas irônicas onde o pessimismo se veste de bom-humor sem perder a profundidade e a oportunidade de alfinetar a política e a sociedade da época.
Durante sua infância Brás Cubas comenta sua relação com seu escravo, o negrinho Prudêncio. Como um menino aristocrata, pertencente à classe alta, Brás Cubas esboça a relação que tinha com o garoto desde suas brincadeiras e caprichos. Nessa relação, podemos notar a superioridade de Brás que montava no negrinho.
Crítica à burguesia e à sociedade de maneira geral; Ironia; Metalinguagem; Diálogo direto com o leitor.
ResumoPublicado em 1881, inaugurou o Realismo no Brasil.Trata-se de uma narrativa feita em primeira pessoa, com o inusitado de o narrador já ter morrido quando começou a escrever.Narra-se, de maneira breve, a infância do protagonista.São contados os diversos amores de Brás Cubas, protagonista da história.
Só que, na verdade, existem 2 tipos de críticas:Críticas destrutivas, que realmente são sempre negativas e soam mais como uma reclamação;Críticas construtivas, que surgem como um apoio ao trabalho de qualquer pessoa. Ou seja, têm um sentido muito positivo. Um exemplo comum é a prática do feedback.
A crítica social costuma estar conectada aos problemas sociais que ocorrem em determinado lugar e que levam as pessoas a buscar soluções para resolver a situação. Em geral, os alvos da crítica social são a pobreza e a miséria, as desigualdades sociais e econômicas, as questões culturais, entre outros.
A crítica de arte teria a tarefa de imergir em cada obra de arte individual e, a partir daí, expor tal constelação de verdade histórico-social que lhe seria imanente e que se repõe a todo momento, pois se dá sempre numa relação de contraste da obra com um determinado tempo histórico – o do crítico –, numa elaboração ...
Machado de Assis (Joaquim Maria Machado de Assis), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras.
Machado de Assis, em sua segunda fase, reinventou o romance brasileiro. Aqui há um aprofundamento no psicológico de suas personagens e a historicidade dá lugar para o íntimo do ser humano, seus anseios, além da própria hipocrisia da sociedade burguesa, desnudada em livros como Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Como o realismo foi um movimento mais atento à realidade e à análise crítica da sociedade, o comportamento da burguesia também foi muito criticado na obra produzida durante o período. A principal crítica era ao enriquecimento burguês que era resultado da exploração do proletariado.
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