Uma das principais críticas direcionadas ao FMI está na sua estrutura interna, especialmente à proporcionalidade dos votos nos espaços de decisão. Cada voto tem o valor equivalente ao capital que cada um dos Estados-membros possui, de forma que as nações mais ricas e desenvolvidas praticamente controlam a organização.
FMI e Banco Mundial são duas organizações internacionais criadas para fornecer ajudas financeiras aos países. A diferença entre ambos é que o primeiro atua na resolução de crises, problemas financeiros e econômicos dos países e instituições, enquanto o segundo ajuda no desenvolvimento, sobretudo o estrutural.
Depois de abandonar a condição de devedor, o Brasil passou a ser credor do fundo quando, em 2009, emprestou US$ 10 bilhões para financiar auxílios diversos para países emergentes, em meio à crise financeira internacional que eclodiu um ano antes.
Os empréstimos do FMI proporcionam uma margem de segurança que amortece o impacto das políticas de ajuste e reformas que o país terá que adotar para corrigir os problemas do balanço de pagamentos e restaurar as condições para um crescimento econômico vigoroso.
Além de atuar com auxílios financeiros pontuais e temporários, o FMI também tem como função a expansão do crédito equilibrado em nível internacional, a promoção da estabilidade intercambial de divisas, diminuir os desequilíbrios nas balanças comerciais entre países, entre outras questões financeiras e monetárias.
1- De acordo com a reportagem, a principal crítica refere-se às consequências das adoções de políticas neoliberais, como a abertura sem controle para o capital estrangeiro (“forte aumento dos fluxos de capital”), o aumento da desigualdade social, além da diminuição de gastos públicos (“rigidez orçamentária dos governos ...
Críticas ao FMI Além disso, existem as acusações de que o FMI teria sido criado para administrar e expandir os interesses dos Estados Unidos, visto que muitas nações em dificuldades tornam-se “reféns” das exigências impostas pelo fundo que, por extensão, apregoa medidas que interessam mais plenamente os estadunidenses.
No entanto, o FMI foi generoso com o Brasil durante a ditadura militar. Aliás, o órgão apoiou vários governos anti-democráticos na América Latina. Países como Coreia do Norte, Cuba, Liechtenstein, Andorra, Mônaco, Tuvalu e Nauru não fazem parte do FMI.
Mas o problema com o FMI, começou na verdade, durante o período da Ditadura Militar (1964-1985) quando, em 1973 ocorre a “Crise do Petróleo” que fez com que o Brasil (que já tinha uma dívida externa) se visse obrigado a recorrer ao FMI em 1982, quando já não havia mais outra saída para enfrentar a crise que se abatera sobre a economia.
Praticamente todos os países da América Latina possuem alguma dívida com o FMI que vão sendo roladas através de negociações e pagamento dos juros, para o que, na maioria das vezes, empresta-se mais dinheiro para saldar os juros da dívida.
O Brasil participou da criação do FMI e foi um dos primeiros signatários do Fundo Monetário Internacional. A relação do país e do organismo financeiro nem sempre foi tranquila. Apesar do Brasil recorrer a empréstimos no exterior, durante o governo JK, o presidente rompeu com o FMI por conta das condições exigidas para contrair empréstimos.
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