O nascimento do sujeito então é um processo lógico no qual se tenta, progressiva e regressivamente, lidar com o que se perdeu. ... (DUNKER, 2006). O que o adulto faz com a criança é diferente da forma que ela interpreta isso.
Em psicanálise, o conceito de Sujeito é elaborado por Lacan a partir dos pressupostos de Freud. Embora Freud faça referência ao indivíduo, à realidade psíquica, ao aparelho psíquico e à vida psíquica, a função sujeito, tal como será teorizada por Lacan, atravessa sua teoria.
o psiquismo organiza-se (“cristalizase”), estabelecendo, a partir do modo de ligação dos seus elementos psíquicos. uma organização interna que já não poderá variar posteriormente. Em um terceiro momento, chega-se a uma verdadeira estrutura da personalidade que já não se poderá modificar, nem mudar de linha fundamental.
O sujeito, para a psicanálise, é aquele que se constitui na relação com o Outro através da linguagem. É em referência a essa ordem simbólica que se pode falar em sujeito e subjetividade a partir de Freud, e, em especial, após a produção teórica de Lacan.
o receptáculo do discurso dos pais, é o lugar de inscrição. A sua expressão corporal encontra-se assujeitada ao Outro a quem o gesto é dado a ver, assujeitada a seu olhar, assim como a palavra ao ouvido do auditor, e engajada no mesmo semblante e na mesma busca de ser compreendido, notado, amado (RAMALHO, 1989, p. 68).
Na segunda parte, abordaremos os conceitos de Id, Ego e Superego, que são conceitos criados por Freud. Seriam três “partes” da mente que, integradas e atuando em conjunto, determinam e coordenam o comportamento humano.
A formação da subjetividade Desde seu nascimento o ser humano se desenvolve inserido em um grupo, quase sempre o grupo familiar, que é sua matriz básica e que o constitui como sujeito. A partir daí outros grupos de socialização logo são inseridos, como os educativos, recreativos, afetivos e profissionais.
As estruturas psíquicas: id, ego e superego Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou instâncias psíquicas: o inconsciente, o pré-consciente e o consciente.
De uma forma geral, a evolução psíquica do sujeito em direção a uma estrutura de personalidade estável processa-se da seguinte forma: Em uma primeira etapa: o estado inicial da criança é de indiferenciação psicossomática, sem estrutura. Pouco a pouco, o Eu começa a se distingue do Não-Eu.
Quando um sujeito (independente da estrutura: neurótica ou psicótica) não está submetido a provas interiores ou exteriores demasiado fortes, a traumas afetivos, a frustrações ou a conflitos demasiado intensos, ele se mantém estável, organizado e não adoece.
Tendo em vista essa ressalva, é possível que esta análise direcione a atenção especificamente para o desenvolvimento do psiquismo humano. Assim, é preciso antes de mais nada que se compreenda como se dá a absorção da cultura, do conhecimento pelo ser humano e de como esse processo “colabora”, no sentido de fundar o psiquismo humano.
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