A observação ao mesmo tempo moral e científica do médico sobre o louco converteu a loucura em uma doença mental, em um objeto tão natural quanto as demais doenças do corpo, embora não se tratasse do corpo, mas da mente.
Segundo ele, esse conceito já teve inúmeras interpretações, mas foi no século XVII que sofreu uma grande transformação. Até o século XVII, a imagem que se tinha da loucura era sua representação medieval de algo místico, desconhecido, considerado o lugar imaginário da passagem da vida à morte.
Foucault não fala o que é a loucura, entretanto, fala da loucura, pois relata o que ela é a partir dos discursos de saberes sobre esse objeto vindos de determinadas épocas (no caso, a Idade Média, o Renascimento e a Idade Clássica), de determinados momentos históricos, de um determinado saber específico, ou geral.
Na antigüidade pré-clássica, as doenças eram explicadas como resultantes da ação sobrenatural; a partir de 600 a.C., os filósofos gregos trouxeram a idéia organicista da loucura e até o começo da Idade Média o tratamento dispensado era de apoio e conforto aos doentes mentais.
Ao passar do tempo, a loucura vem sendo englobada em um tipo de incerteza, distanciando-se do âmbito filosófico, científico e jurídico, se transformando em um termo incerto e abstrato. O próprio termo loucura inclui-se na lista dos politicamente incorretos e deixou de ser utilizado na sua acepção de definir o oposto de razão e normalidade.
O modo de conhecer e de tratar a loucura vem sendo modificado brutalmente por um movimento denominado "reforma psiquiátrica", o qual está reavendo todo o conteúdo cultural, poético, artístico e humano do termo em discussão.
Para Sócrates, este fato geraria quatro tipos de loucuras: a profética, em que os deuses se comunicariam com os homens possuindo o corpo de um deles, o oráculo. O ritual, em que o louco se via conduzido ao êxtase através de danças e rituais, ao fim dos quais seria possuído por uma força exterior. A loucura amorosa, produzida por Afrodite, e ...
História da Loucura na Idade Clássica é um livro de Michel Foucault, originalmente publicado como Folie et Déraison pela editora Plon, em 1961, depois como Histoire de la folie à l'âge classique, em 1972, pela editora Gallimard. Foi traduzido para o português por José Teixieira Coelho Neto, em 1978.
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