O pesquisador explica que o açaí em geral é contaminado quando um barbeiro, inseto vetor da doença, ou as fezes dele se misturam à polpa durante o processamento. "Às vezes são os reservatórios utilizados na produção do vinho de açaí que estão contaminados", conta.
Na fase aguda, seja por picada ou ingestão de alimentos contaminados, o protozoário instiga sintomas como febre, lesões na pele, mal-estar e talvez falta de ar.
A principal forma de transmissão é feita por insetos triatomíneos, conhecidos como barbeiros, que se alimentam de sangue humano ou de outros animais. Durante sua alimentação, este inseto libera dejetos fecais contendo vários parasitos, que podem atravessar a pele através da lesão da picada ou de outras lesões.
Na verdade, a transmissão ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício que ali deixou. A coceira facilita a entrada do tripanossomo no organismo, o que também pode ocorrer pela mucosa dos olhos, do nariz e da boca, ou por feridas e cortes recentes na pele.
Acontece que essa saborosa fruta pode esconder um perigo: o parasita que transmite a doença de Chagas. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cerca de 10% dos alimentos à base de açaí no Pará e Rio de Janeiro apresentaram DNA do parasita, informa o G1 dessa doença.
As pesquisas e os dados epidemiológicos demonstram que o produto processado termicamente, pasteurizado no mínimo a 80°C por 10 s, torna-se seguro, enquanto o produto in natura ou apenas resfriado ou congelado poderá não ser.
O consumo de açaí pode ser a causa recente de casos da doença de Chagas no interior do Amazonas. Três pessoas da mesma família, incluindo uma criança, contraíram a doença na cidade de Ipixuna, na última semana. A Fundação de Vigilância em Saúde do estado investiga os casos que podem ser um alerta para surto da doença.
As principais formas de transmissão da doença de chagas são: Vetorial: contato com fezes de triatomíneos infectados, após picada/repasto (os triatomíneos são insetos popularmente conhecidos como barbeiro, chupão, procotó ou bicudo).
Assim, o açaí em geral é contaminado quando um barbeiro, inseto vetor da doença de chagas, ou as fezes dele se misturam à polpa durante o processamento. Às vezes reservatórios utilizados na produção do vinho de açaí também podem ser contaminados.
Agora, uma ponderação: embora seja o mais comum, o açaí não é o único alimento capaz de carregar o protozoário. Em Santa Catarina, por exemplo, já houve surto de Doença de Chagas por causa do consumo de caldo de cana contaminado. “Nem sempre é fácil identificar a fonte exata da contaminação”, observa o professor da UFPR.
A pesquisa foi realizada a pedido do Ministério da Saúde, depois que, somente no ano de 2006, foram registrados 430 casos da doença no estado do Pará. “Entre os pacientes, o que havia em comum era o fato de as pessoas terem ingerido açaí em determinados pontos de venda”, lembra o biólogo Luiz Augusto Corrêa Passos, um dos autores do estudo.
O açaí é típico da região norte e faz parte da base alimentar de muitos habitantes da região norte e nordeste do país. E por lá o consumo da fruta in natura é diária. Ou seja, não se trata do açaí industrializado que consumimos por aqui.
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