A ironia era composta de perguntas feitas ao interlocutor com o objetivo de deixar claro que o conhecimento que ele julgava possuir, não passava de mera opinião ou uma interpretação parcial da realidade.
Assim, ironia e maiêutica constituíam, por excelência, as principais formas de atuação do método dialético de Sócrates, desfazendo equívocos e deslindando nuances que permitiam a introspecção e a reflexão interna, proporcionando a criação de juízos cada vez mais fundamentados no lógos ou razão.
Ironia significa simulação. É a capacidade que permite a simulação subtil de dizer uma coisa pensando em outra. Desta forma a ironia é uma atitude mental de um indivíduo perspicaz e ágil de raciocínio.
A maiêutica tornou-se, então, um recurso para o cumprimento da filosofia socrática, baseada na arte do diálogo e na desconstrução dos argumentos. Com a maiêutica, Sócrates buscava alcançar a definição mais precisa dos conceitos, atingindo a verdade.
(KIERKEGAARD, 1991, p. 42). O indivíduo livre era o indivíduo irônico. A ironia o libertava ao mesmo tempo em que a liberdade permitia a ele ser irônico.
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Ele correu tão rápido quanto uma tartaruga. A tartaruga é um animal que anda devagar. Ao dizer que uma pessoa correu tão rápido quanto uma tartaruga, o que se quer dizer é que ela andou muito devagar ou mesmo que não correu. Essa comparação invertida é uma ironia.
É o que revela sua frase: “Só se pode alcançar a verdade se dela a alma estiver grávida”. A primeira fase desse método, momento em que são feitas as perguntas, é chamada ironia. A maiêutica seria a parte final desse método, quando o conhecimento “nasce” a partir das conclusões tiradas pelo próprio interlocutor.
Sócrates criou um método de investigação do conhecimento através da maiêutica “técnica de trazer a luz” no qual, por meio de sucessivas questões, se chegava à verdade. Esse caminho usado por Sócrates era um verdadeiro “parto”, onde ele induzia os seus discípulos a praticarem mentalmente a busca da verdade última.
A segunda etapa do método socrático é conhecida como maiêutica, que significa "parto". Nesse segundo momento, o filósofo continua fazendo perguntas, agora com o objetivo de que o interlocutor chegue a uma conclusão segura sobre o assunto e consiga definir um conceito.
Para Sócrates, o objetivo principal de toda a reflexão é o conhecimento da verdade. Para Platão, o conhecimento da verdade só poderia ser adquirido pelo desenvolvimento de ideias. Finalmente, para Aristóteles, as ideias deveriam sempre obedecer a um raciocínio lógico.
Para Sócrates a ironia era carregada de uma falsa ignorância, pois o indivíduo que faz uso dela ao perguntar algo, já sabendo a resposta. ... Já com na filosofia de Kant a ironia assume outro viés. Para Kant a ironia está ligada ao desdém, à indiferença. A ironia é a indiferença perante o valor dos objetos.
A palavra ironia vem do grego, eironéia, que significa “dissimulação”. A palavra antífrase também vem do grego, antiphrasis, que significa “expressão contrária”.
O paradoxo socrático: a ideia de saber que nada se sabe.
A frase, compreendida como algo bom, resume da importância dada por ele ao pensamento crítico, à incerteza e à tomada de consciência da própria ignorância. Saber que não sabe não é um “defeito”, mas a base para o abandono da opinião (doxa) e a busca pelo conhecimento verdadeiro (epistéme), objetivo da filosofia.
A ironia socrática, portanto, era um método de indagar sobre algo em discussão e não uma forma de constranger seu interlocutor. Ao chegar mais próximo da verdade, o indivíduo teria a possibilidade de atingir o estágio da maiêutica, que significa e então “dar à luz” o conhecimento.
Através de perguntas Sócrates conduzia o diálogo até o ponto em que o outro ficava embaraçado por ver seus conceitos serem derrubados um a um. Essa é a ironia socrática, que Kierkergaard reconhece ser mesmo Sócrates o iniciador na história do pensamento.
Numa palavra, num verdadeiro Diálogo Socrático cultivamos a nossa humanidade. – Deve começar com uma pergunta geral, clara e bem formulada (sugerida pelo grupo ou pelo moderador). – Devem ser pedidos aos participantes relatos breves de experiências pessoais relevantes para a pergunta. – O grupo escolhe um exemplo.
O método filosófico socrático pode ser considerado dialético por apresentar as contradições lançadas por seus interlocutores e, com base nisso, conseguir formular um conhecimento novo, uma formação de um conceito sobre determinado assunto.
Para ele, mais importante era saber o que é bom, o que é certo, o que é justo, ou seja, estabelecer um conhecimento que ajudasse a pautar uma conduta correta para o ser humano. Porém, o filósofo acreditava que ninguém tinha as respostas definitivas para essas perguntas.
Graças a Sócrates, a dialética e a maiêutica se firmaram como bases do método filosófico. Saber dialogar no processo de busca da verdade, eis a síntese que edificou o saber ocidental. O filósofo buscava a verdade, algo negado em muitos “ambientes instruídos” e conceito desacreditado por autoinitulados “pensadores”.
Já dizia o filósofo Sócrates: Conhece-te a ti mesmo… Conhecer a si mesmo é fundamental para o seu desenvolvimento pessoal e consequentemente, para se relacionar com outras pessoas, para estudar, para trabalhar…
É uma declaração aparentemente verdadeira, mas que leva a uma contradição lógica ou que contradiz a intuição comum. Alguns exemplos de paradoxo como figura de linguagem são: "O nada é tudo", "Eu estou cheio de me sentir vazio", "O silêncio é o melhor discurso".
A ironia está presente em textos diversos. Para se observar a ironia é preciso prestar bastante atenção na construção do discurso – a intenção do texto, o tipo de palavra escolhida, o humor etc. – e no repertório cultural e social que aparece ao longo do texto. O contexto é fundamental para a compreensão da ironia.
Como mencionamos, a ironia é uma figura de linguagem, que tem como objetivo usar palavras que manifestem o sentido oposto de seu contexto literal. Ou seja, ser irônico é afirmar exatamente o contrário daquilo que se pensa. A ironia pode ser utilizada com vários objetivos.
Um dos mais famosos paradoxos, sem desfecho até hoje, é chamado do paradoxo do avô: uma pessoa volta no tempo e mata, no passado, aquele que seria o seu avô no futuro. Ora, se o avô foi morto ainda criança, então a pessoa que cometeu o crime não poderia ter nascido.
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