Somos música! Com o nariz, expirando, inspirando e fungando. Com a boca, estalando a língua, assobiando, assoprando, jogando beijo, tossindo, enchendo a boca de ar e soltando devagar ou apertando as mãos nas bochechas.
Sabendo que os sons do corpo existem potencialmente desde que o corpo é corpo, podemos assumir que os utilizamos desde nossas origens. Se pensarmos sob parâmetros evolutivos, a utilização do som como ferramenta de comunicação entre os indivíduos da espécie garante, entre outras coisas, articulação e desenvolvimento.
Durante nosso crescimento, somos estimulados a usar certos tipos de sons e desencorajados a usar outros. Não só porque existem sons considerados culturalmente apropriados e inapropriados, mas também porque estipulam-se certos sons como padrão para se comunicar – a voz, por exemplo.
Hoje integro o grupo STOMP. A convite do Gustavo Gitti, compartilho um pouco das minhas explorações com vocês. Falo sobre o contexto, listo 12 jeitos de tirar som do corpo e ao fim deixo um exercício simples. If playback doesn't begin shortly, try restarting your device. Full screen is unavailable. Learn More
Quando digo "corpo", considero nosso ser como um todo, tento não pensar no corpo como se fosse uma casca de caramujo que a gente simplesmente habita. Na época em que comecei a tatear o potencial musical do corpo, era apenas brincadeira. Não tinha nenhuma pretensão, talvez exatamente por isso a ludicidade da prática me deu prazer em estudar.