O césio-137 é bastante perigoso para o ser humano porque emite partículas ionizantes e radiações eletromagnéticas capazes de atravessar vários materiais, incluindo a pele e os tecidos do corpo humano, interagindo com as moléculas do organismo e gerando efeitos devastadores.
O Césio 137 é um isótopo radioativo resultante da fissão de urânio ou plutônio, é usado em equipamentos de radiografia, até aí tudo bem, o problema ocorre quando este isótopo é desintegrado e dá origem ao Bário 137m que passa a emitir radiações gama.
Obtenção do césio-137
A obtenção do isótopo 137 do césio ocorre por meio da fissão nuclear espontânea ou induzida de vários radionuclídeos pesados, como o urânio-233, o urânio-235 e o plutônio-239.
O Césio 137, por ser radioativo, elimina radiação para atingir estabilidade, sendo a radiação beta a eliminada por ele. Ao eliminar a radiação beta ele se transforma no radioisótopo do elemento químico Bário, de massa 137 e número atômico 56, que emite radiação gama, transformando-se em um isótopo estável.
Ao realizar esse procedimento, obtemos que a meia-vida do césio é de aproximadamente 30 anos.
16 curiosidades que você vai gostar
A meia-vida é o tempo que um material leva para reduzir metade da sua massa radioativa. ... Assim, se temos 20 gramas dele e, a cada 30 anos, a massa reduz-se pela metade, logo: No esquema, podemos perceber que demorará 210 anos para que 20 gramas de césio reduzam-se a 0,15625 gramas.
Como a meia-vida do urânio-235 é de 713 milhões de anos e a do urânio-238 é de 4,5 bilhões de anos, o urânio-235 decai muito mais rapidamente e, portanto, é muito mais “consumido” que o urânio-238.
Passadas mais de três décadas, não há consenso sobre o número de vítimas do césio 137 em Goiânia. Oficialmente, quatro pessoas morreram por exposição excessiva à radiação, mas a quantidade de pessoas contaminadas ainda provoca discussão. O governo federal reconhece 120.
Em setembro de 1987 aconteceu o acidente com o Césio-137 (137Cs) em Goiânia, capital do Estado de Goiás, Brasil. O manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado, onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, gerou um acidente que envolveu direta e indiretamente centenas de pessoas.