Podemos ver se dois genes estão ligados, e quão próximos estão, usando informação de cruzamentos genéticos para calcular a frequência de recombinação.
A ordem dos genes é determinada comparando-se as classes paternais, reconhecidas pela sua maior freqüência, e as classes originadas de uma permuta dupla, reconhecidas pela sua menor freqüência, obtidas a partir do cruzamento entre o triíbrido e um testador.
Morgan determinou que a frequência de recombinação é diretamente proporcional a distância entre os genes. Da mesma forma, com esse valor de 20% é possível se construir o mapa cromossômico, conforme abaixo. A unidade da distância entre os genes é centiMorgan (cM) em homenagem ao seu descobridor.
Esse processo é chamado de ligação gênica. A ligação entre os genes pode ser incompleta, pois durante a prófase 1 da meiose, quando os cromossomos homólogos estão pareados, ocorrem trocas de partes entre as cromátides irmãs, num processo chamado crossing-over ou permutação.
O cruzamento teste é entendido como sendo o cruzamento entre um indivíduo (I) qualquer com outro em homozigose recessiva, para os genes envolvidos no controle do caráter em estudo. Tem sido de grande importância em estudos de ligação fatorial ou em estudos de identificação de genótipos.
Para se avaliar a ocorrência da permutação, determina-se a taxa de recombinação entre dois genes. Como a relação é multiplicada por 100, o valor expressa a porcentagem de gametas recombinantes, no total de gametas. Dessa forma, se os gametas recombinantes perfazem 30% do total, a taxa de recombinação é de 30%.
A unidade de distância entre genes é a UR (unidade de recombinação) ou centimorgan (em homenagem ao geneticista Thomas Morgan). No nosso exemplo anterior, a distância entre os dois genes é de 17 UR ou 17 centimorgan.
Podemos ver se dois genes estão ligados, e quão próximos estão, usando informação de cruzamentos genéticos para calcular a frequência de recombinação. Encontrando as frequências de recombinação para muitos pares de genes, podemos formar mapas de ligação que mostram a ordem e as distâncias relativas dos genes nos cromossomos.
Os arranjos “cis” e “trans” dos genes ligados. Considerando dois pares de genes ligados, como, por exemplo, A/a e B/b, um indivíduo duplo heterozigoto pode ter os alelos arranjados de duas maneiras nos cromossomos: Os alelos dominantes A e B se situam em um cromossomo, enquanto os alelos recessivos a e b se situam no homólogo correspondente.
No caso da primeira situação, em que os genes para cada uma das características estão em cromossomos diferentes, durante a meiose ocorre a segregação, independentemente dos genes alelos, de forma que indivíduos heterozigotos para as duas características formarão quatro tipos de gametas diferentes com a mesma proporção.
A descoberta de que os genes estão situados nos cromossomos gerou um impasse no entendimento da 2º Lei de Mendel. Como vimos, segundo essa lei, dois ou mais genes não-alelos segregam-se independentemente, desde que estejam localizados em cromossomos diferentes. Surge, no entanto, um problema. Mendel afirmava que os genes relacionados ...
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