Na Marinha, marinheiros tratados como escravos. Era 22 de novembro de 1910, data da resposta a uma opressão sobre a qual precisamos falar um pouco, antes de explicar a revolta.
As condições de trabalho eram precárias: os marinheiros tinham remuneração baixa, recebiam péssima alimentação durante as longas viagens nos navios e, o mais grave, estavam submetidos a punições corporais, caso desobedecessem alguma regra.
Se uma mosquinha penetrasse o convés de um navio da marinha, voltaria ao Brasil Colônia, no tempo das senzalas. Os marinheiros de mais baixa patente, em sua maioria afrodescendentes, eram tratados tal qual escravizados. Mal alimentados, tinham uma jornada tripla de trabalho.
Os marujos rebelaram-se e tomaram o controle de quatro embarcações da Marinha brasileira: Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Deodoro. Os marujos revoltosos exigiam do governo o fim dos castigos físicos; caso contrário, a capital seria bombardeada. A liderança desse motim foi realizada por João Cândido, o Almirante Negro.
Ao serem presos, inventavam ter outro nome e se diziam livres ou forros. Podendo ser tratados como qualquer outro homem não-escravo, eles eram aproveitados como grumetes na Marinha de Guerra ou mesmo como operários no Arsenal de Marinha.
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Na Marinha, marinheiros tratados como escravos.
A Marinha do Brasil, criada em 1822, enfrentava dificuldades durante o Império para obter pessoal suficiente para ingressar em suas fileiras.
No dia 22 de novembro de 1910, João Cândido, ao assumir por indicação dos demais líderes, o comando geral de toda a esquadra revoltada, controla o motim, faz cessar as mortes, e envia radiogramas pleiteando a abolição dos castigos corporais na Marinha de Guerra brasileira.
O manifesto dos marinheiros revoltosos foi considerado um documento muito bem escrito e nele os marinheiros faziam uma série de reivindicações:substituição de oficiais,aumento do soldo,fim dos castigos físicos,melhor tratamento na Marinha brasileira etc.
Fim da Revolta
Os marinheiros foram presos na Ilha das Cobras sede do Batalhão Naval. Sentindo-se traídos, os marinheiros se amotinaram, em 9 de dezembro de 1910. A resposta do governo foi dura e a prisão foi bombardeada e destruída pelo exército, matando centenas de fuzileiros navais e prisioneiros.
Como os porões dos navios eram usados para estocar os tonéis com água, mantimentos e munição, os marinheiros dormiam no convés, ao relento, em colchões de palha. "Naquela época, tomar banho era raro até em terra firme, quanto mais em viagens oceânicas. A marujada urinava no mar e defecava em baldes.
Sem a bússola, os antigos navegadores se orientavam somente de forma visual, com base, essencialmente, na consulta aos astros, incluindo o Sol e as estrelas como balizadores de suas rotas.
Homens, mulheres e crianças eram transportados amontoados em compartimentos minúsculos dos navios, escuros e sem nenhum cuidado com a higiene. Conviviam no mesmo local, a fome, a sede, as doenças, a sujeira, os agonizantes e os mortos.
As caravelas mediam cerca de 20 metros de comprimento e pesavam até 80 toneladas. Nessas embarcações, comprimiam-se durante meses de viagem cerca de 60 homens e mais os animais destinados à alimentação, além de armas, munições, alimentos, entre outros. O cotidiano dos navegadores não era nada fácil.
Os marinheiros, confiando na palavra das autoridades, entregaram os navios aos comandantes. O governo, entretanto, não cumpriu tudo o que havia prometido: os castigos foram abolidos, mas alguns líderes da rebelião foram presos e vários marinheiros acabaram sendo expulsos da corporação militar.
A revolta dos marinheiros | CPDOC. Nome com que ficou conhecido o episódio originado pela resistência dos marinheiros, reunidos na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro no dia 25 de março de 1964, à ordem de prisão emitida pelo ministro da Marinha, Sílvio Mota.
O movimento contra os maus-tratos aos marinheiros do Brasil terminou com prisão dos amotinados. João Cândido, o Almirante Negro, passou dois anos na cadeia e morreu na pobreza.
Em 1910, faltas leves eram punidas pelos oficiais da Marinha com a prisão em solitária, a pão e água, por um período de três a seis dias. Já as ofensas mais graves, como desrespeito à hierarquia, recebiam como castigo 25 chibatadas, na frente de toda a tripulação e ao som do rufar de tambores.
A Revolta da Chibata, que aconteceu no dia 22 de novembro de 1910, foi uma revolta militar em que soldados da Marinha realizaram um motim e tomaram o controle de dois encouraçados que estavam atracados no litoral do Rio de Janeiro.
O movimento tinha como principais reivindicações o fim do uso do castigo físico a partir das chibatadas e o fim do preconceito racial presente na Marinha brasileira. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Na Marinha brasileira, era comum o uso da chibatada como forma de punição.
O estopim da Revolta da Chibata aconteceu no dia 21 de novembro de 1910, quando o marinheiro Marcelino recebeu 250 chibatadas na frente de seus colegas. O motivo da punição foi uma briga entre ele e um cabo da Marinha.
João Cândido Felisberto foi o líder da Revolta da Chibata, um movimento contra os castigos corporais na Marinha brasileira, que aconteceu em 1910.
Precisamos resgatar para dentro da história o João Cândido, mas a educação se guia por um sistema etnocêntrico, branco. Negar a história é burlar o direito ao conhecimento e temos todos de lutar para nosso direito à história", afirmou.
Os marinheiros, no entanto, eram simpatizantes de Rui Barbosa, que, quando senador, levou ao conhecimento de seus colegas de governo a situação de maus-tratos e os castigos corporais sofridos por eles. Assim, a revolta foi marcada, inicialmente, para 15 de novembro, dia da posse do presidente eleito.
Com constantes insatisfações por parte dos marinheiros, João Cândido foi o escolhido para liderar a revolta e realizar o motim, em 1910, dando início à Revolta da Chibata.
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